terça-feira, 22 de maio de 2012

Em Busca do Equilíbrio­




Na TI de hoje, especialmente para uma empresa com as características de um grande banco, o negócio não pode esperar. Portanto, é natural que o  desenvolvimento de software trabalhe quase sempre com prazos exíguos.

Nesse contexto, qualquer processo declarado, por mais enxuto que seja, é visto como um transtorno. Num cenário de restrição extrema, o único artefato indispensável tende a ser o código em si, o sistema.

A área de TI deve perseguir obstinadamente o objetivo de entregar tempestivamente, mas com qualidade, a solução que permita à empresa realizar negócios.

Para tanto, é imperioso racionalizar os processos. A base acadêmica é importantíssima, mas ela deve ser adaptada às especificidades de cada organização.

Outro aspecto relevante é a retroalimentação dos processos, por parte de quem os executa. Por mais competente que seja a área normatizadora, nem sempre aquilo que ela declara se mostra efetivo ao ser aplicado à realidade, e é aí que o feedback se faz necessário. 

O mais importante é nunca perdermos de vista que processos, padrões e artefatos não são um fim em si mesmo, mas devem sempre estar a serviço de um objetivo maior. Mas precisamos pensar a TI além do cenário de curto prazo.

Para perpetuarmos nossa área, faz-se necessário reter conhecimento e construir sistemas robustos, estáveis, com documentação necessária e suficiente. Nem mais nem menos.

A documentação de um sistema é útil se ela espelha fielmente sua arquitetura e funcionalidades, além de poder ser efetivamente reusada em intervenções futuras.   

Um ambiente produtivo estável libera mão-de-obra de manutenção para o atendimento de novas demandas, aumentando a agilidade e a própria imagem da TI junto à organização. Precisamos encontrar o ponto de equilíbrio entre entrega e controle. Esse é o nosso desafio.

Parece óbvio, e é. Mas não é fácil. 

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