quarta-feira, 18 de julho de 2012

Não Concordo!


Esses dias perdi uma funcionária da minha equipe, uma gerente com a qual eu vivia discutindo. Nossas divergências eram freqüentes. Era “não concordo” pra cá, “não concordo” pra lá...

Resumindo: uma das melhores pessoas com quem trabalhei na vida. Comprometida, preocupada com os destinos da nossa área, da nossa empresa.

Batalhei pela sua promoção. Se não fosse nesses termos (uma ascensão) eu nunca a teria liberado. Porque é esse tipo de funcionário que leva a empresa pra frente, que quando vê alguma coisa com a qual não concorda, não se intimida porque está diante do chefe.

Não confundir, em hipótese alguma, com o “nuvem negra”, aquele que reclama o tempo inteiro, que está sempre culpando o outro pelos problemas do trabalho, que se considera o maioral, o injustiçado, que está sempre contando vantagem pelos corredores, em altos brados, mas trabalhar para mudar o que está errado, agir positivamente, que é bom, nada...

Mas existe um tipo ainda pior: o subserviente, aquele que está sempre com um sorriso no rosto, concordando com tudo, notadamente com quem está acima hierarquicamente. Às vezes, é até divertido acompanhar isso numa reunião. O cara não sabe nem do que se trata, mas concorda com ardor, com veemência!

Agora, se alguém “inferior” se atravessa no seu caminho, ele procura uma oportunidade para desqualificá-lo, para utilizá-lo como “escada” para se promover, geralmente de forma irônica. E o que é pior: muitas vezes, a miopia corporativa faz com que essa figura passe por um grande profissional e consiga galgar posições dentro da organização. Isso porque muito chefe adora uma babação e acredita num marketing rasteiro, superficial, sem conteúdo.

Voltando à minha indócil gerente: sua promoção é um sopro de esperança, é a renovação da crença de que a minha empresa valoriza aquilo que realmente precisa ser valorizado: a seriedade, o trabalho duro, o profissionalismo. 

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