Deu n’O Globo: “Jumentos
brasileiros serão exportados para a China”. Calma, não vá imaginando que você
vai se livrar daquele idiota... Trata-se do quadrúpede
mesmo, o jegue, muito popular no nordeste brasileiro. Na Ásia, o simpático
animal será utilizado na indústria de alimentos e de cosméticos.
A política de assistencialismo
implantada pelo governo Lula, aliada à facilidade creditícia, alterou
significativamente o paradigma de transporte nos rincões nordestinos. Primeiramente,
a bicicleta tomou o lugar do animal. Na sequência veio a motocicleta, que impera
até hoje.
O que a reportagem não citou é
que, algum tempo atrás, a partir do momento em que se tornou dispensável, o jegue
passou a ser objeto de uma curiosa atividade em determinadas localidades: a “desova
jumentícia”. Na calada da noite, alguns municípios lotavam caminhões com sua
população excedente de equus asinus e
os despejavam em cidades vizinhas. Além de ser responsável por diversos
acidentes nas estradas, o jumento também era nocivo à agricultura.
Li na Wikipedia que jumento, asno e burro são conceitos equivalentes. Até
onde sei, o burro é resultado do cruzamento entre o cavalo e a jumenta, ou
vice-versa. Ou seja, um perfeito filho duma égua. A mula seria estéril por ter 63
cromossomos, um meio termo entre os 64 do cavalo e os 62 do jumento.
Quando eu era publicitário,
recebi um roteiro de um comercial, no qual um jumento enaltecia as qualidades
de uma loja de produtos agropecuários. Para fazê-lo “falar”, precisávamos fazer
com que o animal movimentasse a boca, para, em tempo de edição, executarmos a “dublagem”
do texto. O asno, que não era burro, exigiu que o alimentássemos. Comprei um
quilo de milho e, na falta de onde colocar, enchi meu capacete de motoqueiro para
servir o bicho. Resultado: o jumento comeu todo o milho, mas devorou também o
forro do meu capacete. Saí no prejuízo, mas até que a propaganda saiu legal...
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