sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Bases Corporativas - Um Caso de Sucesso



Nos anos 90, a TI do BB já era referência em termos de sistemas informatizados e processamento de grandes volumes de informação. No entanto, ainda não havia, na prática, um conceito consolidado de bases corporativas.

Em 1997 o Banco do Brasil colocava em produção o aplicativo CLIENTES que, apesar de rodar no “jurássico” terminal 3270, representou um marco na história da tecnologia da informação da empresa. Além de extremamente funcional e ajudar as agências na realização de negócios, o grande diferencial do CLIENTES era transparente para a maioria dos seus usuários e se encontrava na revolução do sistema que rodava por trás de sua camada de apresentação.

Na esteira do Programa Arquitetura da Informação – PAI – um conjunto de sistemas conhecido como COPO (Clientes, Órgãos, Produtos e Operações) foi concebido como embrião das Bases Corporativas, um moderno conceito de gerenciamento de informações, do qual o BB foi mais uma vez pioneiro, em se tratando de grandes empresas do segmento financeiro brasileiro.

Um dos pilares dessa estrutura foi a base de clientes. Até então, o Banco do Brasil utilizava o sistema BDC – Base de Dados Cadastrais – uma estrutura  descentralizada (eram dez SGBDs espalhados pelo país, sem comunicação entre si), sem garantia de unicidade, e que exigia a replicação de informações em seus diversos sistemas transacionais e gerenciais.

Num esforço sinérgico de diversas áreas, tendo à frente as Diretorias de Tecnologia e de Crédito, O Banco do Brasil iniciou então o desenvolvimento do Projeto MCI – Mercado Interno – que contemplava vários avanços, como a centralização das informações, regras rígidas que garantiam a unicidade do cadastro, reuso dos dados e até uma filosofia praticamente inexistente à época, notadamente em se tratando de mainframe: o conceito de serviço.

O sistema foi implantado em tempo recorde e seus benefícios superaram todas as expectativas. O MCI atravessou incólume o bug do milênio e até hoje suas informações são consumidas por centenas de sistemas nas diversas plataformas do BB.

Sua implantação resultou em economia de storage e tempo de processamento, aumento na confiabilidade dos dados, alto grau de reuso e baixa manutenção. Externamente, ganhamos em credibilidade, melhoria da imagem do Banco junto à clientela e incremento dos negócios.

Podemos afirmar com convicção que esse foi o primeiro exemplo efetivo de MDM - Master Data Management, ou Governança de Dados - do mercado bancário brasileiro, permitindo ao BB o gerenciamento de dados complexos, a proteção da informação, a melhoria de controles contábeis e o subsídio à decisão de negócios. 

O MCI virou benchmarking, ganhou prêmios e foi copiado pela concorrência nos anos que se seguiram.




2 comentários:

  1. Grande artigo Sergão.
    Foi gratificante ter feito parte desta história, pelas pessoas e pelos resultados obtidos.
    Abraços.

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  2. Grande Edgard,
    São caras como você que fazem nossa empresa e nossa diretoria mais fortes. Grande abraço!

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