Nos anos 90,
a TI do BB já era referência em termos de sistemas
informatizados e processamento de grandes volumes de informação. No entanto,
ainda não havia, na prática, um conceito consolidado de bases corporativas.
Em 1997 o Banco do Brasil colocava em
produção o aplicativo CLIENTES que, apesar de rodar no “jurássico” terminal
3270, representou um marco na história da tecnologia da informação da empresa.
Além de extremamente funcional e ajudar as agências na realização de negócios,
o grande diferencial do CLIENTES era transparente para a maioria dos seus
usuários e se encontrava na revolução do sistema que rodava por trás de sua
camada de apresentação.
Na esteira do Programa Arquitetura da
Informação – PAI – um conjunto de sistemas conhecido como COPO (Clientes,
Órgãos, Produtos e Operações) foi concebido como embrião das Bases
Corporativas, um moderno conceito de gerenciamento de informações, do qual o BB
foi mais uma vez pioneiro, em se tratando de grandes empresas do segmento
financeiro brasileiro.
Um dos pilares dessa estrutura foi a base de clientes. Até então, o Banco do Brasil utilizava o sistema BDC – Base de Dados Cadastrais – uma estrutura descentralizada (eram dez SGBDs espalhados pelo país, sem comunicação entre si), sem garantia de unicidade, e que exigia a replicação de informações em seus diversos sistemas transacionais e gerenciais.
Num esforço sinérgico de diversas
áreas, tendo à frente as Diretorias de Tecnologia e de Crédito, O Banco do
Brasil iniciou então o desenvolvimento do Projeto MCI – Mercado Interno – que
contemplava vários avanços, como a centralização das informações, regras
rígidas que garantiam a unicidade do cadastro, reuso dos dados e até uma
filosofia praticamente inexistente à época, notadamente em se tratando de mainframe:
o conceito de serviço.
O sistema foi implantado em tempo
recorde e seus benefícios superaram todas as expectativas. O MCI atravessou
incólume o bug do milênio e até hoje suas informações são
consumidas por centenas de sistemas nas diversas plataformas do BB.
Sua implantação resultou em economia
de storage e tempo de processamento, aumento na confiabilidade
dos dados, alto grau de reuso e baixa manutenção. Externamente, ganhamos em
credibilidade, melhoria da imagem do Banco junto à clientela e incremento dos
negócios.
Podemos
afirmar com convicção que esse foi o primeiro exemplo efetivo de MDM - Master
Data Management, ou Governança de Dados - do mercado bancário
brasileiro, permitindo ao BB o gerenciamento de dados complexos, a proteção da
informação, a melhoria de controles contábeis e o subsídio à decisão de
negócios.
O MCI virou benchmarking, ganhou prêmios e foi copiado pela concorrência nos anos que se seguiram.
Grande artigo Sergão.
ResponderExcluirFoi gratificante ter feito parte desta história, pelas pessoas e pelos resultados obtidos.
Abraços.
Grande Edgard,
ResponderExcluirSão caras como você que fazem nossa empresa e nossa diretoria mais fortes. Grande abraço!