terça-feira, 27 de setembro de 2011

A Copa e o Banco


O assunto do momento é, sem dúvida, a Copa do Mundo. Passeando pelos inúmeros corredores do Sede IV, já se vê muita mobilização. E não deve ser diferente em outros prédios do Banco. É o pessoal se cotizando para a compra de TVs, instalação de bandeirolas, organização de bolões e, como não poderia deixar de ser, grupos de discussão com o assunto de sempre: críticas à convocação do Dunga, o único brasileiro a não perceber que, num meio-de-campo repleto de Josués e Klébersons, não dava para prescindir de Ganso e Ronaldinho Gaúcho. Agora, está tudo nas mãos – ou nos pés – do filho do Gama. De todos os convocados para o principal setor da equipe, somente Kaká tem poder de criação, apesar de não atravessar, no momento, sua melhor forma física e técnica. De qualquer maneira, vamos torcer!

Mas, para não ficarmos só no lugar-comum, vamos resgatar algumas curiosidades sobre o grandioso evento que está se aproximando:

• alguns jornalistas espanhóis consideram a ida de Ronaldinho Gaúcho para o Milan fundamental para a ascensão do futebol de Lionel Messi, que promete ser a maior estrela da Copa. É que o brasileiro vivia nas baladas, e levava junto boa parte do time catalão...

• há 52 anos, o espírito do jogador brasileiro não era lá muito diferente. Uma das preocupações da comissão técnica na copa da Suécia era isolar os atletas das belas loiras escandinavas. Mas a seleção tinha Mané, famoso por seus dribles... e meses depois nascia Ulf Lindberg.

• no dia 30 de junho, um dia após o Brasil massacrar os donos da casa na final da copa por 5 a 2, um grupo de jogadores passeia pelas ruas geladas de Estocolmo e se depara com o mulato Moacir – meia do Flamengo, que não chegou a jogar nenhuma partida – abraçado com uma loira lindíssima. Antes que alguém dissesse qualquer coisa, ele se adianta, esbaforido: “Não me chamem de Moacir, pelo amor de Deus! Eu sou o Pelé! Eu sou o Pelé!”

• na copa de 78, França e Hungria se enfrentaram na última rodada já eliminadas, num grupo que também tinha Argentina e Itália. No entanto, as duas seleções entram em campo de camisas brancas, e ninguém tinha um segundo uniforme, para desespero do árbitro, o sr. Arnaldo César “a regra é clara” Coelho. Depois de muita polêmica, a França jogou – e venceu por 3x1 – usando um horroroso uniforme listrado em verde e branco do Kimberley, um pequeno clube de Mar del Plata.

• Johann Cruyff, estrela maior da “laranja mecânica” na Alemanha/74, usava uma camisa diferenciada do resto do time. Patrocinado pela Puma, Cruyff se recusou a usar as três listras que caracterizavam a concorrente Adidas. Seu uniforme tinha apenas duas. Se não fosse por esse detalhe, o camisa 14 não teria entrado em campo e levado sua seleção ao vice-campeonato mundial. Puma e Adidas, aliás, nasceram de uma briga entre dois irmãos – Rudi e Adi Dassler – na pequena cidade alemã de Herzogenaurach, há mais de 60 anos. Isso foi em 1947. Onze anos antes, Jesse Owens, o negro norte-americano que humilhou Hitler ganhando quatro medalhas de ouro nas Olimpíadas de Berlim, calçava sapatilhas Gebrüder, a empresa que daria origem às duas gigantes, pertencente aos irmãos Dassler... nazistas ferrenhos.

• Essa última não diz respeito diretamente à copa, mas à maior rivalidade do futebol mundial, Brasil e Argentina. E é bem recente. Quartas de final da Taça Libertadores da América. Com um gol no finalzinho, o Inter de Porto Alegre eliminou o Estudiantes, atual campeão. Como sempre ocorre ao perderem para os “macaquitos”, os portenhos perderam também a compostura. No meio do quebra-pau, Lauro, goleiro reserva do Inter, dá um cascudo no enjoado zagueiro Desábato. Meio atordoado, o grandalhão se vira e mete a porrada no outro goleiro do Inter... o também argentino Abbondanziéri. Grande Lauro!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário