terça-feira, 27 de setembro de 2011

O outro lado do processo seletivo


Chegara o grande dia. Após a distribuição da prova e as explicações de praxe, o silêncio. Éramos sete na sala e até chegarmos ali foram muitas horas de trabalho para todos.

Os quatro da comissão de seleção ralaram muito, até altas horas, elaborando a aferição técnica e as questões comportamentais que, no caso da nossa concorrência, realizar-se-iam num único dia. Uma semana antes, trabalho concluído e todo o material lacrado e guardado a sete chaves. Estávamos orgulhosos do resultado.

Os três candidatos não ficaram atrás em termos de dedicação, e não podia ser diferente. Estudaram muito, a partir das competências essenciais e desejáveis, constantes do documento-base da seleção. Chegar até ali já foi uma grande vitória. Mas o objetivo, lógico, era a tão sonhada promoção.

Tudo caminhava bem, havíamos construído um processo consistente, que avaliaria os candidatos com isenção e critério. Os três analistas, cabeça baixa, concentração total na prova, eram da minha equipe (eu conhecia a competência de cada um, mas precisava avaliá-los apenas por aquele dia), aquele momento era importantíssimo na carreira de cada um deles, mas somente um sairia dali com seu “upgrade”. Os demais sairiam dali com suas expectativas frustradas, e isso me entristecia, eu já sofria por antecipação, afinal, eu sabia o quanto eles batalharam para chegar até ali. Duas horas intermináveis.

Intervalo. No corredor, encontro o Serjão, figuraça, liderança não hierárquica que participava de outro processo, o qual tive o grande prazer de conhecer no curso de entrevista de seleção (aliás, se algum headhunter houvesse presenciado sua atuação na dinâmica de grupo, “contracenando” com o Piana, certamente a Ditec o teria perdido para a Rede Globo). Pois bem, o Serjão, ao saber o motivo do meu baixo astral, fez o diagnóstico:

– É, xará, empatia às vezes machuca...

No quebra-gelo, eu havia ressaltado – e estava sendo absolutamente sincero – que, ao final do dia, todos os sete sairíamos daquela sala melhores, com um grande aprendizado. Acho que foi o que ocorreu. E indo além, acredito que toda a Ditec sai dessa primeira onda do processo seletivo engrandecida.

Aos promovidos, parabéns! Aos que não conseguiram dessa vez, bola pra frente! Vem aí a segunda onda, e muitas outras oportunidades. A Tecnologia sempre estará de portas abertas aos bons profissionais!

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