terça-feira, 27 de setembro de 2011

Mais Teste, Mais Qualidade


O software desenvolvido no BB sempre foi, reconhecidamente, de alto nível. Nos últimos meses demos um salto de qualidade ainda maior. Os testes, anteriormente realizados quase que exclusivamente pelos desenvolvedores - e com muita competência, diga-se de passagem - passaram a ter uma abordagem mais formal, em conformidade com as últimas tendências do mercado. Num trabalho conjunto de diversas áreas - GovTI/PDABB (normatização), gerências de construção (testes unitário e de integração), Gtest (testes de sistema, funcionais e não-funcionais) e área de negócio (testes de aceitação) - em pouco tempo atingimos um grau de excelência comparável às organizações de TI mais maduras do mercado.

É importante destacar que a atuação de equipes dedicadas aos testes não substitui as verificações realizadas pelo desenvolvedor, e sim adicionam um novo esforço de qualidade, após a entrega do código e antes da aceitação do gestor, em consonância com diversas normas de referência e padrões, como a NBR ISO/IEC 12207 e 15504 (5), ISO/IEC 14764 e MPS.Br.

Obviamente, o aumento na complexidade do processo implica um maior custo. No entanto, isso passa a valer à pena a partir do momento em que os erros são identificados o mais cedo possível, reduzindo o custo de correção. Outro aspecto fundamental é o foco no reuso. Dentre os artefatos definidos para o processo - Plano, Scripts, Evidências e Relatório Final - os roteiros irão compor o "enxoval" da aplicação, enquanto os demais artefatos documentam a intervenção realizada. Os RET – Roteiros de Execução de Teste – elaborados são reutilizados quando de novas alterações no sistema, ou mesmo quando se fazem necessários testes de regressão.

A Gtest – Gerência de Teste, Homologação e Liberação – definiu uma série de indicadores destinados a acompanhar e refinar os testes, além da aplicação de um questionário de satisfação aos intervenientes dos projetos concluídos. A análise criteriosa dos números apurados tem se mostrado extremamente útil. Dentre os cerca de 10 indicadores acompanhados, talvez o que melhor expressa o valor que o teste vem agregando aos aplicativos desenvolvidos é o DDR - Densidade de Defeitos Residuais. Nele, relacionam-se os defeitos encontrados nos testes de aceitação pela área de negócios àqueles identificados nos testes de sistema.

A busca contínua de melhoria do processo levou ainda à especialização de papeis, resultando em otimização de recursos, ganho de escala e melhor aproveitamento do perfil de cada profissional de teste, com conseqüente aumento na motivação.

Mais uma vez a TI do BB sai na frente e se torna referência. Mas não paramos por aí. O projeto BB 2.0 é uma oportunidade de avançarmos ainda mais. Vamos mostrar que podemos ser ágeis, dinâmicos, sem abrir mão de processos e padrões. O SOA – Arquitetura Orientada a Serviços - impõe algumas mudanças no processo de teste. Aqueles realizados pelo próprio codificador têm especificidades relacionadas à própria arquitetura, e são parcialmente providos pelas ferramentas de desenvolvimento utilizadas. A partir daí, o software segue para os testes de sistema e aceitação, que têm que ser estruturados com base em novos insumos, um pouco diferentes daqueles a que estamos acostumados. Com certeza, a Ditec irá mostrar sua força em mais esse desafio.

2 comentários:

  1. Grande Sergio!
    Fazendo propaganda? Não precisa, seu conhecimento e competência estão acima de qualquer suspeita e podem ser testados e atestados!
    Só não esqueça de colher as evidências e guardar no CVS...
    Um abraço!

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  2. Elias,
    Esse texto é bem antigo, está publicado na nossa intranet e atualizei apenas a nova estrutura da DITEC. Postei aqui apenas para armazená-lo em um algum lugar para acessos futuros.
    Um abraço.
    Sérgio.

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